Grupo Benassi se expande com produtos orientais em Minas
O Grupo Benassi – empresa familiar com 120 integrantes no setor atacadista, cujo carro-chefe é a distribuição de hortifrúti – atua em oito Ceasas do Brasil, sendo que na CeasaMinas está há 31 anos. Para o diretor da Benassi Minas, Laerte Roberto Gestich, 61, cada mercado tem as suas particularidades e é diferente um do outro e o Estado é muito regional com alguns costumes de consumo e comércio. Ele se lembra de que foi uma surpresa para o grupo o número de sacolões encontrados no comércio daqui. “Porém, com o tempo as coisas foram se globalizando, os padrões, e hoje, tanto em São Paulo como aqui, nas melhores lojas não falta nada”, compara Gestich.
Porém, para se manter como distribuidor, o grupo teve que se desenvolver numa espécie de nova economia e entrar no varejo, além de ter uma parceria com os outros tipos de clientes: redes maiores, menores, pequenas e médias, como restaurantes, médios sacolões e até uma gigante de rede supermercadista.
Se o carro-chefe de atuação sempre foi hortifrutigranjeiros, há dois anos o grupo diversificou o portfólio e entrou na linha oriental, criando a Benassi Oriental. “Houve uma oportunidade dentro da CeasaMinas de adquirirmos um espaço. Organizamos a logística dentro de um conhecimento que já temos no hortifrúti e conseguimos implantar toda a linha oriental”, conta.
Por isso, a Benassi está fazendo importação própria de produtos com demanda para a culinária oriental. São algas marinhas, hashi (palito japonês), farinha Panko, wasabi (raiz forte), gengibre, embalagens. “É impressionante o aumento desse consumo no Brasil. Não tem como o mundo fechar o olho para isso”, explica Gestich.
Com 650 entregas por dia da Benassi Minas, os produtos orientais já pegam carona com 250 entregas diárias. Os itens da culinária oriental, que chegam em contêiner, vêm de toda a Ásia, sempre preservando a qualidade e o padrão.
A criação da marca Benassi Oriental, ocorrida em 2016, não está decepcionando o grupo em nada. “Criamos a marca Benassi Oriental porque, na hora de oferecer para o cliente, o nome Benassi é forte, com credibilidade tanto na compra como na venda”, justifica.
Além da loja física na CeasaMinas de 14.800 m² de área coberta de trabalho, a Benassi está em mais 200 lojas parceiras em várias cidades de Minas Gerais.
Com 970 colaboradores em Minas Gerais, o grupo, que tem sede em Jundiaí (SP), ultrapassa os 7.000 colaboradores no país. Neste ano, Gestich informa que há expectativa de aumentar o volume da força de trabalho no Estado. “Do segundo semestre pra frente as coisas vão clarear no aquecimento do negócio, com oportunidades para todos. Aí podemos pensar em novas contratações”, conclui o executivo.
Produtores mineiros fornecem vários alimentos
“O homem no campo é nosso irmão; se ele não estiver plantando com a gente, não teremos sucesso no negócio”, analisa o diretor da Benassi Minas, Laerte Gestich.
Ele cita produtores de cidades onde a Benassi faz compras, como Barbacena, na região do Campo das Vertentes, por exemplo, que é muito forte na produção de legumes e tem muitas frutas, como pêssego.
Do Projeto Jaíba, área irrigada no Norte de Minas, a Benassi adquire a produção de plantadores de frutas como manga, mexerica, laranja-pera e, principalmente, banana.
E, quando o volume interno não consegue atender a demanda da distribuidora, a Benassi vai às compras em outros Estados e importa de países diversos. “O agronegócio de Minas Gerais é grande, é importante para o Estado e para as empresas que trabalham aqui”, avalia. Gestich diz que é importante o que o Estado tem feito acolhendo e incentivando os produtos. Agora, ele está esperando tempos melhores na distribuição, procedência e infraestrutura da Ceasa.
Publicado em 07/02/2019 em otempo.com.br
Por: Helenice Laguardia